Editorial

Voltando à normalidade

Seis meses. Quase 180 dias. Esse foi o tempo que a comunidade que mora no Pontal da Barra ficou sem a única estrada que liga a localidade ao restante de Pelotas. Embora a normalidade tenha, por hora, sido restabelecida, fica o alerta para que situações como essa não voltem a se repetir.

Os moradores estavam praticamente ilhados desde setembro do ano passado, quando a via de acesso ao local cedeu devido às fortes chuvas e também ao aumento do nível da Lagoa dos Patos. Esse problema afetou a comunidade como um todo.

Estudantes ficaram sem aulas por um tempo. Quem trabalhava fora, precisava percorrer a pé um caminho dificultado pelo acúmulo de restos de árvores, juncos e muita sujeira. Isso sem falar na atividade pesqueira, a principal dos moradores da região, que estava impossibilitada de pescar em virtude de não ter como escoar a produção. Até um restaurante, famoso no local, precisou se mudar de endereço para continuar em atividade.

Por ser uma situação complexa de ser resolvida, a Prefeitura optou, neste primeiro momento, por uma alternativa provisória. Utilizando recursos da Defesa Civil Estadual e de emendas impositivas de parlamentares pelotenses, foram feitas escavações, terraplanagem, contenção do talude com a lagoa e colocação de material para sustentação. O estrago causado pela chuva e pela cheia da Lagoa foi tanto que em algumas partes por preciso fazer a estrada do zero.

Com o acesso já restabelecido, os moradores do Pontal da Barra poderão, aos poucos, voltar à normalidade de suas vidas. Agora, às atenções da comunidade local se voltam para a solução definitiva. A Prefeitura já tem um projeto pronto que, devido à complexidade da região, vai ter um custo estimado em R$ 12 milhões. É um investimento alto, mas fundamental para que essas pessoas não voltem a ficar isoladas mais um dia sequer.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Participação e inclusão escolar: como fazer?

Próximo

Corrupção e a visão Espírita

Deixe seu comentário